segunda-feira, 21 de novembro de 2011

UTOPIA

Quisera ser eu a luz da manhã para afagar o seu rosto
Quisera ser eu a brisa refrescante para aliviar o teu calor
Quisera ser eu a chuva fina para lavar as tuas magoas
Quisera ser eu a calma para terminar com os teus tormentos.

Poderia ter eu o saber de como te fazer feliz
Poderia ter eu o poder de mudar tua história
Poderia ter eu o dom de te fazer sorrir
Poderia ter eu a chave do amor para te dar.

Quero-te no sublime prazer de amar
Quero-te na encantadora paz dos anjos
Quero-te na serenidade da ternura absoluta.

Posso não ser o teu amor
Posso viver sem ti, mas nunca sem te amar
Posso morrer, mas te levarei para a eternidade.

Daez Savó

domingo, 7 de agosto de 2011

ALMA CIGANA

Tua presença invisível
Percebo ao sentir um calor
Pressinto tua voz maliciosa
Enchendo minha face de rubor

Essa tua alma cigana
Brinca comigo sem demora
Me deixas apreensiva, insegura
Quando muda o foco a toda hora

Me deixes em paz aqui tranquila
Vagueies por aí longe de mim
Faças de boba outra iludida
Sossegues tua alma enfim...

Junte-se a mim, menina dos sonhos
Levar-te-ei por caminhos diferentes
Onde ei de te amar na tua medida

Vem dançar com sua roupa colorida
Seduzir com seu bailar este que por ti
Perdeu-se em devaneios pela vida

O feitiço do encanto do amor
Uniu-me a ti em suave poesia
A resgatar solitário sonhador

Dani Mello & Daez Savó

domingo, 26 de junho de 2011

INSENSATEZ

Que insensatez deslizar meus dedos por sua tez
Sentindo a maciez do rosto suave de riso perfeito,
E sem timidez não tocar em insana sedução
Seus lábios rosados com minha boca atrevida.

Consagração indefinida da linda e intensa vida,
Deveras vivida por este vagabundo desventurado,
Nos dias longínquos, sendo consumido por tua despedida
Das lembranças tristes por me deixar desconsolado.

Dança suave ao brilho da lua límpida, feito lamparina
A flamejar no horizonte distante a ausência da amada
Dilacerando a alma deste que te ama pequena menina!

Afaga as batidas deste coração exaltado,
Ama-me como a ti em feliz desejo
E faça que eu viva para sempre apaixonado.

Daez Savó

domingo, 29 de maio de 2011

PENSAMENTO

Voai pensamento,
Imaginação súbita...

Encha de belos sonhos minha vida,
Enfeitai minha existência de ilusão
Doce e colorida.

Deixai que minh’alma
Embarque em nuvens róseas, multicoloridas,
E vogue pelos mundos infinitos.

Que se perca em profundos devaneios,
Numa sensação de que está sumindo,
Se evolando, se esvaindo,
Num filete de vida.

Deixa-me viver as coisas belas
Que não pude ter,
A Bem Amada que não pude amar,
Ouvir os versos que jamais eu fiz,
E depois, morrer, num murmúrio,
Feliz....

(Daez Savó)

domingo, 1 de maio de 2011

AMOR

Amor é brisa suave,
Não tempestade.

Amor é brasa dormida,
Não labareda.

Amor é o tocar de mãos,
Doce, sereno,
Sem maldade.

Amor, que só é possível
Com sua cumplicidade.

Ápice sublime
No encontro dos lábios
Guardado para a eternidade.

(Daez Savó)

ESPELHO

Eu me vejo no espelho e te vejo,
Também, cada manhã,
Oh! Vida!

Eu te vejo na luz refletida
Em horas de sol dourado,
Entrando forte
Com a claridade infinita de sons
Do mundo lá de fora;

No cinza de cada dia
Que amanhece sem luz,
Melancolicamente doce;

Nas goteiras cantantes
Das manhãs de chuva,
Que caem preguiçosamente.

Mas, também vejo,
Os meus cabelos que embranquecem
Já sem aquelas timidez do começo;
As rugas que vincam a face;

O cansaço que esmaece o brilho
Dos olhos, encobrindo a inquietude indagação
Do até quando.

Eu me olho no espelho
E te vejo cada manhã
Oh! Morte!

(Daez Savó)

domingo, 24 de abril de 2011

SOLIDÃO

Caminhando entre flores do jardim
Ao entardecer de um dia de verão
Percebi a angústia que há em mim
Dilacerando meu pobre coração.

Não é como tu dizes, sem verdade,
Uma onda escura de melancolia,
Nem tão pouco a dura realidade
De se perder a quem muito queria.

Esse amor que há pouco existia
Trouxe nuances de uma romântica canção
De repente foi mudando a melodia,
Deixando-me por companhia a solidão.

Quando te vejo, alegria,
Se não te vejo, saudade,
Passará em algum dia,
Toda esta ansiedade?

Dani Mello & Daez Savó

DUO

Constantes são os sonhos
Em que comigo tu estás...
Porque me fazes
Te querer tanto assim...

És a mistura dos perfumes
Que a doce brisa conduz,
De flores que desabrocham
E se despetalam em plena luz...

E ao perceber o momento de tanta beleza
Explodindo de vez ao encontro de mim,
Fico a pensar como seria bom
Poder eternizar este momento,
Mantendo a vida sempre assim.

Dolce Bárbara e Daez Savó

domingo, 17 de abril de 2011

FANTASIA!

Melhor presente seria
você em uma caixa de amor
com lindos laços de cetim,
Repleta de beijos envoltos em sonhos
Dos momentos que estiveste em mim!

Que fantasia é esta
que te traz o desejo de encontrar
meu corpo desnudo envolvido
entre cetins e seu olhar sedutor...

Para em momentos de puro amor
Entregar ao despudor atrevido
Em suspiros imaginários a te amar
Em noites inteiras de prazer confortador!

E ao amanhecer sentir gostoso deslizar
Sua boca sedenta provando meu sabor
Como se pudesses com este gesto apagar
As marcas intensas de um sonho encantador...

(Dani Mello / Daez Savó)

SAUDADE

Sinto saudades da tua voz,
Da tua respiração ofegante,
Sussurando em meu ouvido
juras de amor...
Do teu olhar
Malicioso a me namorar...

Saudades das promessas
Não cumpridas
Dos planos não realizados
Nos encontros não acontecidos
Dos sonhos planejados...

Nem mesmo a distância
Roubou de mim este querer
Que continua vivo
Bem dentro de mim...
Te amo em saudade...

Muitas vezes contigo me encontrei,
Junto a ti eu passei no meu caminho:
Quem eras eu não sabia – e inda não sei –
Continuei a caminhar sozinho.

Não sei, ainda, quando vou te achar,
Quanto posso ficar nisso, até quando?
Importa pouco quanto demorar,
Pois vale mais continuar sonhando.

Esperarei em doce inconsciência.
Mesmo aguardando pela vida inteira
Dominarei a minha impaciência.

De esperar meu desejo não se cansa,
Pois sem sonhar a vida é rotineira,
E é muito bom guardar uma esperança.

Dolce Bárbara e Daez Savó

NO DESPERTAR DE UM SONHO...

Ao aproximar-me de ti, anjo meu.
Pude o amor sentir, tão inegável...
Ao perceber o meu olhar no teu,
confesso, o momento imensurável.

Minha alma estava vazia.
Vazia de luzes,
Vazia de cores,
Ausente de afetos,
Sozinha de amores.

Ao aproximar-se de ti, anjo meu.
Minha alma abraçou-se a tua...
E cumpriste o que me prometeu,
Amando-me sob a luz da lua.

Abro a janela e vejo à minha frente,
A manhã que desperta, luminosa,
Pássaros, o vento doce, o sol já quente,
A vida despertando maravilhosa.

Valquiria Cordeiro e Daez Savó.

domingo, 10 de abril de 2011

RECEITA DE AMOR

Tome o meu coração
Faça dele o que quiser
Nem que seja
Para fazê-lo Sofrer...

Teu coração é uma estrela
Tomo-o com ardor
Abenço-o com meu amor
Afago seus desejos
Escuto seu pulsar
Embarco na onda de calor
Que o mantém aceso
Envolvo nessa sintonia de prazer

Estás assim dentro de mim
Estou em ti
Coração vibra
Vira céu
Vira jardim
Do seio em chamas
Arranco carinho
Desejo
Esperança
Um verso
Um pensamento
Uma saudade
UMA RECEITA DE AMOR

Daez Savó & Márcia Mares

(...) Dueto

Refletem
Teus olhos...
A beleza
D’alma...

Permita
Que minh’alma
Receba sempre
O brilho dos teus...

(Dolce Bárbara / Daez Savó)

DESEJO (Dueto)

Sinto teu cheiro,
No vento que passa...
E sonho acordada,
Na leveza do nosso amor...
Meus sentidos despertam
A te querer...

Sem o teu amor
Sou como a árvore no outono,
Nua de folhas,
Com seus galhos secos
Erguidos para o céu
Numa prece muda.

Num desejo inútil,
Num desalento gesto
De quem nada pode,
De quem tudo quis,
E já se esqueceu
De que se foi feliz.

Dolce Bárbara / Daez Savó

sábado, 19 de março de 2011

QUE SEJAS TU!


Abençoados sejam os teus olhos,
Pois, a fita-los, inda às escondidas,
Tornam-se mais suaves os escolhos,
E as ilusões já não estão perdidas.

Abençoada seja a tua boca
De desejos contidos, imprecisos, indefinidos.
Sonhos acalentados em noites e noites
De devaneios e que eu pensava estéreis.

Sejam as tuas mãos abençoadas,
Quero segurá-las, sempre, delicadamente,
Bem pertinho das minhas, descuidadas.

Abençoada sejas tu, enfim,
Por surgires assim, tão de repente,
Fazendo tudo belo para mim...

(Daez Savó)

domingo, 13 de março de 2011

CERTAMENTE


Se eu te dissesse
Da saudade que me atormentas
Quando estou longe de ti,
Certamente tu
Não acreditarias em mim.

Se eu te falasse
Das horas sem fim
Que penso em ti,
Desejando-te perto,
Sabendo-te que longe estou,
Certamente tu
Não acreditarias em mim...

Mas, se perto de ti eu dissesse
E falasse,
E te olhasse nos olhos,
E te apertasse nos meus braços,
Certamente tu
Acreditarias em mim...

(Daez Savó)

MULHER:

Mulher:
Tu és a canção do meu bem querer,
O doce néctar do prazer sagrado,
O Sublime sabor dos beijos desejados:
Momento único de encanto bem-aventurado.

Mulher:
Tu és a sensação meiga da paz perpétua,
Construída na volúpia insana da ousadia!
És a razão cobiçada e loucamente esperada
Para em dias de glória viver a calma do amor.

Mulher:
Tu és o sonho dourado de harmonia despojada
De desejos consagrados no leito de amor nupcial!
Infindáveis sussurros abafados pela boca ávida:
Corpos banhados pelo suor da ternura sensual.

Mulher:
Tu és o pretexto de sorrir pelo amor consumado,
Por muito tempo sonhado e agora encontrado
Nas delícias do gosto adocicado do lindo viver,
Vivenciado nas manhãs de sol escancarado
Ou em negras noites de tormentas adormecidas.

(Daez Savó)

AMOR INCONDICIONAL

Cada expressão sussurrada ao sabor do amor,
É como o esplêndido florir da primavera,
Que à primeira brisa do amanhecer
Abre com sua exuberância as flores,
Espalhando o mais doce perfume!

Tomado pelo aroma maravilhoso,
O ar que respiro repete teu nome
Nos acordes suaves dos violinos,
Em dias de sublime encanto e amor!

Cada gesto de afeição e dedicação
É como o derramar da cachoeira
A espalhar pelo vento as gotículas
Orvalhando-me com teu frescor.

Anjos imaginários cantam sobre mim,
Banhando-me com a tua voz amena
Vou viver de maravilhas imaginárias
Nas marcas intensas vividas e sem fim!

Vivo a cantar cantigas inventadas,
Num compasso de acorde desigual.
Ando a bailar pela vida num tom
Colossal de prazeres insensatos.
Sou simplesmente amor incondicional!

(Daez Savó)

ABSINTO

Sentir a tua ausência tornou hábito meu,
Insuportável absinto, meros momentos enfim!
Tolos devaneios que insistem a me torturar,
Absorvo cada delírio, de memória vaga, nua!

O formato do teu rosto, de sorriso aberto,
Embala os meus dias de suaves recordações
Que satisfaz a alma num gozo interminável,
De êxtase constante, simples e bonito assim!

Tatuaste em mim o teu nome
Em letras coloridas de amor,
Atravessando fundo e sem dor
A marca da paixão insensata!

Chamei por ti e tu me ouviste!
Num largo caminho de amor,
Entrego-me na vida ao sabor,
Da canção inesquecível que marcou!

(Daez Savó)

DESEJO

Quero no meu poema traduzir meus sentimentos,
De cores vibrantes como perfume de rosas abertas.
Falar como os sons mágicos que envolvem a alma,
Saudar a vida com o encanto do canto de pássaros.

Fazer ver o sorriso delicado da criança contente,
Ouvir ao som do violino em acordes aveludados,
O sonido das águas na cachoeira que esparrama.
Matizes coloridas que vê quem faz da vida amor.

Repousa coração enamorado na brisa branda,
Do amor absoluto construído na ousadia leve,
E penetrante do sentimento adequado e puro,
Do bem querer e no saber amar verdadeiramente.

Se tu aqui estiveres o que eu mais poderei querer!
Venhas ao meu lado lutar pela doce paz do viver,
Vem fazer da vida esplêndida celebração ao amor.

(Daez Savó)

BRANCO PAPEL

Nosso amor foi escrito em papel branco,
Vidas vívidas com texturas descabidas,
Sem nexo, rabiscos fundidos multicores.
Desenhos em telas suaves redesenhadas.

Ardência apaixonada de desejo incitante,
Na querência da posse na vida abundante.
Volta vontade a me habitar neste instante,
Livra da sede irritante que me faz carente.

Tal qual eclipse noturno da lua com o sol,
Sorriso manso no céu da tua boca beijada.
Teu brilho constante a alumiar feito farol,
A vida deste que vê em ti a mulher amada.

Sedento de razão, mas sem os argumentos,
Desejo descabido das vontades eloquentes
Redesenhar em papel branco os momentos
Passados nas nossas vidas a todos instantes.

(Daez Savó)

POETISA

Tu desenhaste em mim a mais bela das perfeições,
Se é que neste mundo haja algo digno desse nome,
Além de ti, meu amor.

Cada risco do teu ser fez de mim maravilhosa
E colorida folha de fábulas imaginárias, enfeitada
E enfeitiçada pelo contorno mágico da escrita do teu lápis.

Ainda guardo todas as palavras, o leve toque
Do teu traçado nas mais áureas e apreciadas
Páginas da minha existência.

Não, nunca renuncio delas, deixo-as assim soltas,
Saltando despreendidas por todas as partes de mim.

Vagueiam perdidas aqui dentro, não como
Memórias vagas, mas como belas e terríveis
Marcas bem presentes a cada suspiro que dou.

(Daez Savó)

POEMA SINGELO

Este meu poema é singelo:
Como a saudade da infância
A brincadeira de criança
O medo do quarto escuro
Como o carinho de mamãe.

Este meu poema é singelo
Como o fogão à lenha
O sabor do pão de queijo
O cheiro do café fresco
Como a fragrância do orvalho.

Este meu poema é singelo
Como o cigarro de palha
O canto do carro de bois
Os “causos” de mula-sem-cabeça
Como o cheiro do mato fresco.

Este meu poema é singelo
Como terço nas mãos da beata
O repicar do sino na igreja
A missa na manhã de domingo
O Largo da Matriz.

Este meu poema é singelo
Como o namoro na praça
O primeiro beijo
O primeiro desejo
Como o primeiro amor.

Este meu poema é singelo
Como o olhar roubado
O prazer contigo
O abraço apertado
O desejo cumprido
O sol da manhã
A música elegida
A poesia decorada.

(Daez Savó)

PADRE NOSSO

Vida vivida, vida cansada, vida afrontada,
Abatido pelo tempo, semblante extenuado,
Nas agruras jamais deixou de ser dedicado,
Sempre determinado na peleja enfrentada.

Fé inabalável de santa devoção,
Energia reposta para continuar,
Enfrentamento de peito aberto,
Sem jamais extraviar da afeição.

Consagra incansavelmente cada dia feliz.
Resoluto, oferta cada pensamento amiúde,
Assim será até o fim devotado a cada petiz.

Dos filhos amados – derrotados ou vencedores,
Perpétua é a gratidão pela alma que nos deste.
Padre nosso de cada dia, amém pela eternidade.

(Daez Savó)

ANDARILHO

Como pode alguém como eu ousar em sonhar
Com um anjo que jamais poderei se quer tocar.
Eis que sou um andarilho sem lar, vivo a vagar,
Nada tenho somente pegadas no meu caminhar.

Oferece-lhe por morada o meu coração apaixonado,
Nele será uma rainha sem reino, mas este teu súdito.
Todo dia irá curvar diante de ti para te reverenciar
Nada poderei te dar a não ser o meu infinito amor

Tu és alma fascinante que atraiu o meu amor,
Uniste meu coração ao seu com tua meiguice,
Qual uma fada atraiu-me para ti doce encanto.
Tu és anjo de esplendor que me tomou para ti.

Tu és para o meu corpo e minha alma o alento,
É a alegria de viver e a coragem para continuar,
É a paz que cessa os meus infinitos tormentos,
A fonte das mais inocentes formas de se amar.

(Daez Savó)

SEDUÇÃO

Que tu me olhes dia e noite,
E no desejo ardente de amar
Veja o meu doce adormecer.
Estejas em mim no despertar.

Acolhe-me em teus braços,
Ainda desnudos para neles,
Aninhar-me no repouso sagrado,
Dos teus beijos de amor sem fim.

Explore todo o meu corpo
Com os teus olhos sedentos,
E deixe que a minha língua
Invada tua boca com volúpia.

Saiba que tu és meu bem querer,
A minha exclusiva razão de viver,
O motivo simples para prosseguir,
E, faça-te-me feliz para sempre.

(Daez Savó)

PRECISO DE TI

O dia se vai,
No amor recai,
A agonia que trai.
Na música o sabor,
Da mansidão do mar,
As ondas zurzem devagar,
Esperando o brilho do luar,
Sabendo ser tu o meu amor.

Fiquei levemente abalado,
Sempre sorrateiramente calado,
Senti-me tristemente abandonado,
Esperei pela luz clara da vibrante aurora,
Para outra vez poder a vida cantar,
E conseguir novamente te contar,
Como é afetuoso o meu amar.

Preciso do seu amor,
Delicado como a melodia,
Para em inspirações compor,
Os lindos versos puros e rimados,
Diante do teu retrato pálido e sem cor.

Mas tudo o que eu sei,
Que de manhã te amei,
Mas em breve eu terei,
Que novamente partir.
Motivo torpe pela qual,
Deixa-me sempre mal,
Dor aguda e sem igual.

(Daez Savó)

CANÇÃO DE AMOR

Aproxima-te revestida de ternura,
E ao caminhar em minha direção,
Eis que surge o intenso desejo de
Apontar o lápis, tomar o fino papel,
Para versos de afeição poder contar.

Pretensão a minha, querer descrever
O puro sentimento, emoção sagrada,
Apenas rabiscos tortos de cores pálidas.

Oh amor bendito que faz respirar vida
Em momentos de puro êxtase e ardor.

Paz encantada que surgiu do nada,
Incluíste no meu existir o encanto,
De vivenciar o sabor doce de amar.

Cálido viver imortalizado no sentimento
Intenso, tal qual a fagulha do lampadário
Nas plumas leves e esvoaçantes do amor;
Harmonia eloquente e sutil do bem querer.
Amar-te-ei, feito brisa mansa, eternamente!

(Daez Savó)

FÁTUO

No encanto inocente do teu riso carente,
Fez-me santo indigente a implorar reluzente
Pelo beijo ardente da sua boca dolente,
A satisfazer o prazer eloqüente deste indecente.

Procura insensata da felicidade imprudente,
De vida tresloucada sem causa, meio ou fim.
Sedução desmedida no amor impaciente,
Momentos irreais, não vividos, só desejados.

Paixão fugaz de razão inconseqüente
Sem medo do certo e do exato, sem nexo!
Lógica abandonada na vida desgraçada,
Que dói e machuca o coração inconveniente.

Deixou-me seduzido pelo canto atrevido,
Desejo dolorido por não ter-te merecido,
Estou exaurido por haver o amor perdido!

Nunca penses que és livre.
Estás permanentemente,
Cativa nos meus devaneios.

(Daez Savó)

ÊXTASE!

Na tua inocência cativante,
Envolveste-me de encantos!
Nos seus lábios provei enfim
O êxtase do prazer constante!

No brilho do teu riso natural,
Deste à luz a uma nova vida!
Emoção intensa por renascer
E reviver um amor sem igual!

Em lampejos de pura emoção,
Por mares amenos a navegar
Vivo a cantar como é amar
A mulher que tem meu coração!

Tens a suavidade da ternura,
A sublime leveza do amor,
O dom de me fazer sonhar,
A volúpia fugaz da paixão!

(Daez Savó)

ALMA GÊMEA DA MINHA!

Tantas vezes tentei entender o coração,
Leva-me por caminhos desconhecidos!
Por onde eu passo, vivo a procurar por ti.
Tento disfarçar, calar, mas tu onde estás?

Procuro-te por caminhos inexplorados,
Em todos os lugares eu não a encontro.
Busco delirantemente, mas tu não estás!
Alma gêmea acabe com o desencontro?

"Não há nada mais difícil do que viver sem ti,
Sofrendo a espera de em breve te ver chegar.
O frio do meu corpo pergunta por ti, onde estás?
Meu querer te quer aqui para poder te amar!"

Meu grande e inesquecível amor!
Tu és música para a minha alma,
És vinho doce em taça de cristal,
És sonho suave eterno e sem fim.

Alma gêmea da minha por onde andas agora?
Quando irá trazer paz ao meu ser tão cansado?
Vem para mim, sossegue esta alma que chora!

(Daez Savó) 

NOSTALGIA!

Ao me curvar diante da vida,
Olho para dentro de mi alma
Para recordar os dias felizes.
Instante nostálgico de amor.
                       
Quantos deles me vêm agora!
Os meus amigos da infância,
As travessuras só de criança,
As brincadeiras de toda hora.

Os momentos se multiplicaram:
Na garagem o baile coca-cola,
As paqueras no recreio da escola,
A paixão gostosa sem pretensão.
Bilhetes de amor que sensação!

O pedido de namoro rejeitado,
A inesquecível relação amorosa,
A melodia romântica e famosa,
O beijo escondido e recatado.

Quantos momentos eu vivi!
Diferentes amores eu incluí,
Até o dia que cheguei aqui,
Mãos para o céu eu ergui!

Agradeço por cada um deles,
As graças da vida que recebi,
Muitos, eu sei, ainda por vir.

Situações difíceis eu passei,
Pecados tristes de suportar.
E esses eu não irei recordar,
Somente partes onde amei!

(Daez Savó) 

MENINA!

Menina que me faz adolescente apaixonado,
Feito fada me atinge com teu feitiço de amor
E por ser tão amado me tornei um iluminado.
Que paraíso tu me abres com o teu esplendor!

Que direito tens de me encantar com seu fulgor?
Continuo a viver os meus dias de glória e encanto
E nos embalos da vida vou cedendo ao seu sabor,
Deixando-me extasiado com o seu delicado canto.

Mulher da alma pura que me arrebata,
Não penso a não ser em ti doce paixão.
Vivo da melancolia agradável que mata,
Entrego a ti os meus dias com emoção.

Dama que faz meus dias mais risonhos,
Canta-me aquela linda canção de ninar.
Deixa-me embalar somente nos sonhos
Das cantigas de amor que vives a cantar.

Cara metade me fez dançar formoso,
Suave prazer de ser o mais belo rapaz
A sonhar na delícia nobre do seu gozo,
Para transformar o meu viver em paz.

(Daez Savó) 

NOITE DE VERÃO!

Lembra-se daquela manhã de sol,
Você eu na praça de mãos dadas
Caminhávamos trocando olhares.
Nesse dia surgiu a afeição mútua.

Vieram os anos e o amor só a aumentar,
Ao te encontrar em uma noite de verão
Entreguei-te um buquê de rosas brancas,
E seu nome grafado num par de alianças.

Os meses se passaram e o grande dia chegou,
Seu vestido todo branco com rendas bordadas.
Uma deusa linda enviada para minha felicidade
Selou-se para sempre naquele instante o amor.

O abraço mais demorado, o beijo mais desejado.
Amamo-nos apaixonadamente naquele momento,
Fizemos nossa morada no trono sagrado do afeto
Emoção inesquecível guardada para a eternidade.

Eis-me aqui diante de ti, a falar do nosso amor,
Sente-se aqui do meu lado, fique comigo, vem!
Vem vivenciar a paixão inocente dos meninos,
Vem recordar o amor de uma noite de verão!

(Daez Savó)

CADÊ AMOR!

Cadê amor aquele vestido decotado
Vermelho rodado da cor do pecado
Todo rendado que fico apaixonado
Exibindo os lindos seios empinados

Cadê amor aquele sorriso atrevido
Relance construído no amor unido
Todo exibido que deixa envolvido
Astúcia adorável inevitável vívido

Cadê amor aquele teu beijo de paixão
Dado com sofreguidão sem pretensão
Todo emoção que deixa com excitação
Atitude delirante inconsequente só ação

Cadê amor aquelas taças de vinho
Tomadas só nós dois no escurinho
Noites de amor e de muito carinho
Vividas como amor de passarinho

(Daez Savó)

AMOR SEM FIM

Eu vivia sem destino, vagava moribundo e sem alento
Perdido através do mundo me faltava brilho no viver
Naveguei por mares distantes, subi montanhas sem fim
Procurei-te em todos os cantos, a paz eu não encontrava.

Qual uma luz extraordinária e majestosa tu surgiste para mim
Subi ao paraíso deslizando num arco-íris de matizes delirantes
Despertou-me para a vida com o seu amor e enfeitou meus dias
Com a maravilhosa e interminável graça do verdadeiro amor.

Bastar-me-ia o encanto do seu sorriso, mas foi muito além
Tomou-me em teus braços e acariciou suavemente meu rosto
Afagou carinhosamente o meu coração com a sua meiguice e
Os teus encantadores lábios rubros tocaram a minha alma.

Tornei-me poeta, pois amar assim como eu a amo
Fez-me um ser mágico acima de qualquer aflição
Basta teu olhar para que preencha a minha existência
Tu és a paz eterna, a sublime generosidade da paixão.

Oh meu amor, mereço todo o seu carinho?
Teria sido eu um ser tocado pela mão divina?
Abençoado eu fui e já seduzido por seus beijos
Vou vivendo o doce balançar do amor sem fim.

(Daez Savó)

PRIMEIRO OLHAR

Uma luz intensa brilha no seu rosto mágico e
Ilumina o íntimo mais profundo do meu coração.
Sorri-me tão belamente que meu ser flutua,
Momento único de puro encanto e fascinação.

Quão bela és tu, paisagem do amor sem fim...
Acaricia-me a alma ainda tenra do amor verdadeiro.
Encontro no seu olhar a paz do amor a paz do gozo divino,
Vejo-te em mim como o pássaro belo de cores alegres.

Enfeitiça-me irresistivelmente com seu esplendor,
E sinto a calma da verdadeira alegria, oh meu amor!
Dos meus lábios uma melodia ao som dos violinos.
Encontro-te, enfim ó deusa das minhas fantasias.

És tu a senhora dos meus sonhos de amor,
Pertenço a ti como meu coração pertence a mim.
Toma-o e faz vibrar intensamente ao toque da sua ternura.
Oh amada, toma-me e leve-me contigo para sempre!

(Daez Savó)

FASCINAÇÃO!

Ao longe surge uma mulher maravilhosa,
Caminha majestosamente como uma rainha.
Inebria-me o modo sublime da sua perfeição
Envolvendo minh’alma com o seu esplendor.

Lenta e delicadamente estende sua mão,
Embevecido com o seu gesto admirável
Arrebata-me completamente com seu fascínio.
Tudo é êxtase e pura magia, momento único.

Ouço sua voz meiga - canção aos meus ouvidos
Chamando-me – venha, venha a mim meu amor.
As mãos se tocam apertando-se suavemente
Traz-me ainda mais deslumbramento e emoção.

Nos lábios o sabor delicioso da bebida dos deuses
O coração pulsa embalado pela felicidade infinita.
Escolheste-me por seu gesto de caridade ó encanto,
Deusa eterna que me deste a alegria eterna.

O amor puro e o sentimento mais nobre
Unem-se para sempre no toque divino,
Eternizado pela sensação inesquecível 
Do instante do beijo apaixonado.
Leva-me para sempre, oh meu amor!

(Daez Savó)

DIVINO BEIJO!

Vem divina doçura, prazer sagrado, encanto amado
Leva-me a ti, entrega-me o verdadeiro doce do viver
Inebria-me com a suavidade da tua sedução
Oh amor, traga-me seu gosto, sua vontade, sua boca.

Beijo que entorpece a alma e embriaga o coração
Corpos que se unem em um só fascínio de ternura
Duendes que se entrelaçam no êxtase sagrado da emoção
Lábios doces, feito de mel - sabor do amor e da paixão
Vinde a mim ó mulher, perfeição inesquecível.

Entrega-me ao instante de suave deleite
Unimo-nos em um só deslumbre de carinho
Junte-se a mim, una teu corpo ao meu
Dê-me vida, dê-me paz, dê-me seu amor
Dê-me o Divino Beijo!

(Daez Savó)

AMOR ETERNO

O meu amor caminhava solitário através do tempo,
Procurando por ti! E ao encontrar-te finalmente,
O meu incansável desejo encontrou a paz infinita.

Qual um anjo dourado tu chegaste até mim,
Desceu magnificamente sobre raios de ouro.
Tornei-me fascinação, fizeste-me amante extasiado,
Imerso em puro encanto absorvendo sua ternura.

Levou-me a ti com o carinho do seu olhar,
O sorriso dos seus lábios tomou meu coração,
Sua voz suave entrou em meus sonhos e,
O meu mundo que agora te pertence é luz.

O brilho das luzes que irradiam de ti
Desnudou o meu ser, tornamo-nos um só.
Delicadamente aproximou com todo o seu esplendor
E me acariciou, encontrei enfim a alegria do amor constante!

Beijo os teus pés em gratidão ao amor que deste,
Eu era um ser tão carente de ti, agora te encontrei.
Oh, minha amada, repousarei eternamente ao seu lado.

(Daez Savó)

O BRILHO DO TEU OLHAR

O brilho do teu olhar livrou-me da escuridão,
Chegou de mansinho e ocupou o meu mundo,
Colorindo-o com as mais variadas formas e cores.

O brilho do teu olhar deu-me a alegria do amor verdadeiro
Sem os sobressaltos intensos e efêmeros da volúpia da paixão
E desse infindável e puríssimo amor nasceu a confiança mútua
O respeito recíproco e a completa ternura da amizade.

Deu-me a certeza da felicidade completa
E quando necessário do sacrifício ilimitado.
Tu me tomaste pela mão e levaste contigo
E me fizeste sentir o fascínio do carinho e afeto.

A lucidez do teu amor deu brilho aos meus olhos,
Embriagou-me no doce vinho de teus beijos,
Aprisionou-me nos laços da tua doçura, meu amor!

Tu me pertences e vives em meus sonhos eternos,
Pois a suave bruma do teu incenso libertou meu coração.

(Daez Savó)

MULHER

A ti pertence o amor que cessa a solidão,
E a esperança que nasce no coração do sonhador.

A ti pertence o afeto que une o universo,
E a calma que traz a liberdade.

A ti pertence o dom da vida que nos faz fascinante,
E a felicidade que encanta os corações.

A ti pertence o mundo que necessita de paz,
Toma-o e nos brinde com a felicidade completa.

Mulher tu és o equilíbrio
Que traz a harmonia.

Mulher tu és a calma
Que suaviza a ousadia.

Mulher tu és a razão
Que aprimora o homem.

Mulher tu és sonho
Que embala meus anseios.

Deverias chamar-te ternura
Vida é o dom que tens
Paixão é o que desperta
Saudade  é o que deixa.

És música para a alma
És perfume ao espírito
És paz ao mundo
És o meu desejo maior.

(Daez Savó)

LEMBRANÇAS

Lágrimas de orvalho sobre a relva
Exala o perfume delicado do jasmim,
Sublime, tênue e inconfundível.
Difunde a lembrança que tenho de ti.

Canção suave que ouço ao longe
Rege a doce melodia dos anjos,
Esplêndida, delicada e intensa.
Conduz-me à lembrança da ternura.

O vidro de cristal se quebrou,
A música perdeu a lucidez,
O amor partiu e me deixou,
Ficaram o vazio e o silêncio.

O bálsamo sublimou o amor,
A harmonia dolente se perdeu,
Sobraram as feridas na alma.
Ainda  estás aqui dentro de mim.

Volta canção aos meus dias!
Fragrância faça parte de mim!
Dá-me a alegria do teu viver,
Tem-me de volta terno amor.

(Daez Savó)

DECLARAÇÃO DE AMOR

Ó Mulher, basta um relance dos teus olhos
Que inspiras as mais belas palavras aos poetas.
No entanto, como os elogios deles não chegam a ti,
Aqui estou eu para te exaltar.

Poderias ter aos teus pés as maiores glórias do mundo,
Mas tu escolheste este aprendiz trovador para te servir,
E por isso, minha amada, tu tens toda a minha gratidão.

Os teus braços seriam a honra de um nobre,
Mas tu os empregas para cuidar deste que te ama
E isso me preenche de contida e profunda adoração.

Ó mulher, levaste o meu olhar mais intenso!
A luz da minha paixão brilhou nos teus olhos,
E eu te prendi, meu amor, na rede da minha inspiração,
Tu me pertences e vives em meus sonhos eternos....

(Daez Savó)

TU DESENHASTE

O meu coração reclama debilitado no desespero sem fim, não há nada que o conforte e tranqüilize desse martírio interminável, encontra aconchego apenas na noite fria e sem luar, o sopro frio da madrugada escura o leva para a eternidade.

Há somente as tristes lembranças dos tantos desencontros e embates sem término, dos tantos momentos vividos. Está vazio de tudo, existe somente por te lembrar, quando na verdade esquecida nunca foste e nunca serás.

Clama tão agudamente forte na melancolia da sua dor que não me resta opção senão pegar no meu lápis trêmulo, vacilante a cada risco, tracejando palavras profundamente marcantes mostrando a ti minha agonia.

O ingênuo rabiscar de uma letra é escrever um livro inteiro na nossa alma, desde que a conheci cada momento foi traçado e delineado, hoje está marcado pela saudade, com um vazio ocupado somente pela memória que tenho de ti.

Tu desenhaste em mim a mais bela das perfeições, se é que neste mundo haja algo digno desse nome, além de ti, meu amor.

Cada risco do teu ser fez de mim maravilhosa e colorida folha de fábulas imaginárias, enfeitada e enfeitiçada pelo contorno mágico da escrita do teu lápis nas folhas de cetim que tenho guardadas.

Entretanto, enquanto que com uma mão me preenchias da poesia emanada pelo contorno da tua doce letra, na outra detinhas já a indesejada borracha que usarias para apagar a tua passagem em meu íntimo.

Saibas meu amor, que no lugar de um lápis utilizaste tinta definitiva, impossível de desaparecer com o tempo?

Ainda guardo todas as palavras, o leve toque do teu traçado nas mais áureas e apreciadas páginas da minha existência.

Não, nunca renuncio delas, deixo-as assim soltas, saltando desprendidas por todas as partes de mim. Vagueiam perdidas aqui dentro, não como memórias vagas, mas como belas e terríveis marcas bem presentes a cada suspiro que dou.

Sonho que percam todas as maquiavélicas borrachas das nossas vidas e jamais alguém ouse escrever sobre o que um dia escrevi em ti, se é que ainda tenhas algum dos meus versos apaixonados.

Sonho que não leias nada senão a minha alma transparente e desvairada e que me deixes ser inundado, para sempre, pela literatura mágica do teu coração.

Sonho que estas páginas que me surgem agora da alma ressoem como o triste canto de um curiango moribundo pela madrugada fria no seu sentimento e me tenhas no seu sentimento.

Sonho…
Só, mas para sempre em ti. Á espera de ti, guardando os mais belos capítulos da minha vida para que um dia concluas a tua obra.

Só sonharei…
E sonharei só, porque tu não estarás aqui.

(Daez Savó)

AMADA

Viverei por ti, oh minha amada,
Viverei, sentir-me-ei livre, existirei!
Minha felicidade será um ato
De gratidão para contigo!

(Daez Savó)

FELICIDADE

Eu poderia ser muito mais feliz,
Se não existisse a saudade,
Nem a atroz distância
Que me separa da amada!

(Daez Savó)

BEIJOS

Hoje vivo da lembrança dos beijos que lhe dei,
Pois nem por um momento imaginei
Um só dia de minha vida sem você!

(Lusi / Daez Savó)

AMO-TE TANTO

Amo-te tanto... Tanto...
Que sinto medo ante a imensidão do meu amor.
Nasci num canto do mundo para vir te amar.
Apesar do tempo e da distância, 
O primeiro grito da minha alma
Foi uma procura inconsciente por ti.

Vem, minha adorada, minha esposa, 
Meu primeiro, meu único, meu infinito amor.
Vem. Amemo-nos... Amemo-nos...
Amar é mais que viver. 
Amemo-nos... 
É o que vale, e o que nos importa mais?!

(Daez Savó)

ENCONTRO MARCADO

Destino, abençoa nosso amor!
Entrega-nos um ao outro,
E faz com que nosso sonho
Viva mais tempo que as flores.

Amor tu que sentes como eu,
Dá-me tua mão numa união sagrada,
E que o laço que nos une
Não seja nunca tão frágil
Que se desfaça numa ilusão.

(Giovanna Karolline / Daez Savó)

QUERO-TE

Quero-te no amor desmedido da paixão adolescente,
De desejo incoerente e desconexo,  sem causa e razão.
Em devaneios insensatos e delirantes da vontade fugaz,
Sem o receio capaz de culpa, na inocência da emoção.

Desejo-te sem controle absoluto da lógica adequada,
Sem medida conhecida, desatinado sem pretexto.
Na coerência ilógica e descabida do dilúvio delirante,
Sem o medo da sorte, amando-te no meu contexto.

Por ti sou irresponsável e extravagante como o sentimento,
Arrebatador como o tormento e exótico como o sonho.
Na excentricidade ajustada e exagerada do reino eterno,
Sem a temeridade do inverno, amar-te-ei indelevelmente.

(Daez Savó)

TU ÉS!

A noite de luar para os poetas,
A brisa suave que afaga o meu rosto,
A fragrância dos campos floridos,
O sol de maio onde adejam as andorinhas.

A paixão de infância inesquecível,
O beijo roubado num dia especial,
O olhar provocante em público,
O anseio mais íntimo e sem reservas.

O frescor do vento do amanhecer,
O aroma suave das virgens,
O sorriso dos lábios encarnados,
A felicidade para o meu coração.

Canção de ternura,
Amor de paixão,
Rosa em botão,
Olhar de carinho,
Luz da minha vida!

(Daez Savó)

MEU AMOR...

Sua pele morena, sublime e macia,
É o trono do mais nobre repouso;

A sua face delicada, de tristeza leve e meiga
É a base da graça mais arrebatadora.

O seu falar  é suave como a melodia celestial;
Seus lábios rubros, inocentes e puros
É a fonte das mais angelicais delícias.

Um olhar ou uma só palavra de amor
É o complemento de todas as felicidades,
Que se possa ter cá na terra.

Tens a enorme beleza de um anjo,
Tomado de uma bela história de fadas
Encantadas, dos livros de romances de Veneza.

(Daez Savó)

VOCÊ É A MINHA LUZ

Você é a minha luz;
É a luz que enche o meu mundo;
É a luz que beija meus sentimentos;
É a luz que acalma meu coração!

(Daez Savó)

TEU BEIJO

Dê-me seus lábios
Fonte dos meus desejos;
O pensamento atravessa
Submerso no paraíso
O sabor de teu beijo.

(Daez Savó)

AMOR

Não me arrependo de tê-la conhecido.
Sei que jamais amei tanto. E por ela
Suportarei todos os tormentos prováveis.
Chego mesmo a abençoá-los, pois estou convencido,
Que por gratidão eu devo amar tão encantadora mulher.

Devo! Porque ela fez desabrochar em meu ser,
Sempre tão árido e tão estéril, uma flor:
A flor da certeza no amor,
Bela como o seu rosto suave,
E perfumada como o seu corpo.

Devo! Porque ela fez estremecer no horizonte
De minha vida sempre tão escura,
Tão em trevas, tão tempestuoso
Uma aurora.

Aurora multicolorida como o amor
Intensa como o olhar,
Serena como o sorrir,
Fascinante como o pulsar da alma.

Eu, pois a amo!
Amo-a, qual ama o náufrago
A derradeira tábua no navio despedaçado,
A que se prende para escapar à morte!
Amo-a, como um homem aprisionado
Ama o anjo da libertação, cujas asas
Da esperança se possa agarrar.

Eu receio estar cometendo um sacrilégio.
Eu tenho receio que o céu me penitencie,
Porque ouso pensar que sou amado!

Meu Deus! Se isso não é verdade,
Deixa-me ir gozando meus dias,
Embalado em tão doce mentira.

Já agora viver sem essa deliciosa ilusão é impossível.
É o único sacrifício que eu não faria a amada.

Amo-te!

(Daez Savó)

TEU BRILHO

Oh! Como o desabrochar do amor relembra
A incerta glória de um dia de primavera,
Que exibe toda a beleza do sol e das flores,
Mas a pouco uma nuvem obscurece,
E vem a tempestade de verão.

Como o brilho do amanhecer,
Tu brilhas em torno de mim.
Primavera bem-amada!
Em delícias repetidas meu coração
Enche-se do sentimento sagrado do amor.

Beleza infinita.
Não posso apertar-te nos meus braços!
Ah! Estou cansado dessa agitação.
O que significam estes tormentos e estas alegrias?
Doce paz volta!

Quero ter a balança de ouro
Da grandiosa deusa Maat do Egito,
Capaz de traduzir tudo o que sinto por você amada.
Te quero infindavelmente.
Na seara do meu íntimo.

(Daez Savó)