segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

PALAVRAS SOLTAS


Palavras soltas perdidas ao vento
Sonoridade confusa que voa à deriva
Paixão dolorida não correspondida
Ouça coração duro o meu lamentar!

Sussurro ao relento o meu amor
Arrepio na pele da meiga lembrança
Dos beijos roubados em pensamento
Delírio suave que afaga minha alma.

Ternura silenciosa que me faz sorrir só
E ao perceber seu semblante de relance
Aproximando belamente de braços abertos
A vir me abraçar dizendo do meu doce gostar.

Entrego-me num alegre rodopio
Lábios colados, corpos no ar a girar
Elevando ao céu o sagrado existir
Delírio insano somente capaz por amar.

(Daez Savó)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

MELANCOLIA


Insignificância sorvida pela alma
Recolho-me na tua bruma doce
Para resgatar a alegria perdida
Da vida vivida em filosofias vãs

Retrato velho na parede
Amarelado pelo tempo
Retratando um passado distante
Melancolia que lentamente consome

Desesperança sentida no respirar
Ofegante que dá vontade de chorar
Ao relembrar a felicidade que sumiu
Devagarzinho pelas mãos se esvaiu

Futilidade desgraçada que deixa
Despedaçada esta alma carente
A balançar rente ao abismo
Levando cada pedaço da gente

Tragédia anunciada
Da vida acariciada
Pela morte
Chegada

(Daez Savó)