Quero-te no amor desmedido da paixão adolescente,
De desejo incoerente e desconexo, sem causa e razão.
Em devaneios insensatos e delirantes da vontade fugaz,
Sem o receio capaz de culpa, na inocência da emoção.
Desejo-te sem controle absoluto da lógica adequada,
Sem medida conhecida, desatinado sem pretexto.
Na coerência ilógica e descabida do dilúvio delirante,
Sem o medo da sorte, amando-te no meu contexto.
Por ti sou irresponsável e extravagante como o sentimento,
Arrebatador como o tormento e exótico como o sonho.
Na excentricidade ajustada e exagerada do reino eterno,
Sem a temeridade do inverno, amar-te-ei indelevelmente.
(Daez Savó)
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