segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

PALAVRAS SOLTAS


Palavras soltas perdidas ao vento
Sonoridade confusa que voa à deriva
Paixão dolorida não correspondida
Ouça coração duro o meu lamentar!

Sussurro ao relento o meu amor
Arrepio na pele da meiga lembrança
Dos beijos roubados em pensamento
Delírio suave que afaga minha alma.

Ternura silenciosa que me faz sorrir só
E ao perceber seu semblante de relance
Aproximando belamente de braços abertos
A vir me abraçar dizendo do meu doce gostar.

Entrego-me num alegre rodopio
Lábios colados, corpos no ar a girar
Elevando ao céu o sagrado existir
Delírio insano somente capaz por amar.

(Daez Savó)

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